Resenhas e conteúdos sobre literatura

11 de fevereiro de 2015

Entrevistando o autor: Elias Ribeiro

Fala galera! Tudo bom com vocês?
Hoje venho com o primeiro post da nova coluna: "Entrevistando o autor". O autor da vez é Elias Ribeiro, parceiro aqui do blog, autor do livro Quando Nerds Encontram Orcs.
Ainda não conhece o livro? Confira a resenha >Aqui<.
Gostaria de agradecer ao autor por ter aceitado o convite e desejar-lhe muito sucesso.
Então...Vamos começar:





Elias Ribeiro
Elias Ribeiro, 29 anos, natural de Campos dos Goytacazes é graduado em psicologia e diretor de curtas independentes. Atualmente se dedica à diversas atividades, entre elas a escrita e a produção de vídeos com a companhia "Os Invisíveis".



  1. Deixe nossos leitores te conhecerem um pouco mais. Quem é Elias Ribeiro? Quais seus hobbies, do que gosta...
Elias: Uau, é mais fácil falar dos outros do que de si mesmo (risos). Sou um cara de gostos simples, apaixonado por leitura, jogos eletrônicos, RPGs e quadrinhos, embora este último eu tenha abandonado nos últimos anos (infelizmente). Não sou muito de sair, mas quando saio, é com um grupo pequeno de amigos. Além dos hobbies citados, costumo gravar e escrever curta metragens com a companhia “Os invisíveis”, e outros grupos parceiros
Apesar de ter me formado em psicologia, já estudei, e trabalhei muito, com informática, então eu me considero um sujeito curioso por natureza. Antes de tentar psicologia, já havia passado pelos cursos universitários de história, letras e ciências da computação. Escolher psicologia teve muito haver com… Espere, essa é melhor eu responder abaixo.
  1. Com que idade você se apaixonou pelo mundo da leitura.
Elias: Acredito que por volta dos 6 anos de idade, já na alfabetização. Lembro que eu já possuía muita curiosidade com os livros, mas não entendia as letrinhas, então acabava precisando dos meus pais para lerem para mim. O primeiro livro que leram para mim, ainda muito novo, foi “O Pequeno Príncipe”.
Depois de alfabetizado eu passei a ler tudo que aparecia na frente. Bastava meus pais comprarem os livros da escolinha, que eu lia antes mesmo de começar as aulas. Quando fiquei mais velho, passei a frequentar a biblioteca da escola e acabei descobrindo a Agatha Christie & Cia.
  1. Por que motivo escolheu a Psicologia como profissão?
Elias: Para falar a verdade, até meados de 2008 eu não me via como psicólogo, confesso que até possuía um certo receio deles. Foi por causa da Magali… Digo… de uma ex que eu acabei por curiosidade procurando uma psicóloga. No fim acabei descobrindo que era um humano normal, mas a minha terapeuta me recomendou muitos livros sobre mitologia e psicologia. Entre os autores que ela me recomendou estavam o Joseph Campbell e Carl G. Jung, pai da psicologia analítica. As conversas que tivemos e as leituras que ela me recomendou, me levaram a fazer duas coisas que mudaram o rumo de minha vida. A primeira foi cursar psicologia, a segunda foi plantar a semente de “Quando Nerds encontram Orcs”.
  1. Em que momento da sua vida você decidiu que queria escrever um livro?
Elias: É difícil dizer. Eu sempre estava escrevendo, mas nunca havia tentado publicar nada até 2012, quando comecei a enviar os originais de “Rorschach de Sangue” (publicado em 2013). Porém, a primeira versão desta história eu escrevi em 2009. Foi em algum lugar entre 2009 e 2012 que houve essa decisão, mas ela foi tão espontânea que mal percebi.
  1. Quais foram as suas maiores dificuldades para a criação do Quando Nerds Encontram Orcs?
Elias: Tive dois principais desafios para poder fechar a trama, a primeira foram as personagens, pelos motivos que já irei citar. A segunda foi não permitir que o livro se transformasse em entretenimento puro, ele precisava acrescentar algo na vida dos leitores. Não sei se obtive sucesso quanto a isso, mas peguei muito do que aprendi lendo Joseph Campbell, em relação a jornada do herói, e bastante de Lacan e Jung. O leitor irá notar forte influência de Lacan na personagem Idos.
As personagens do livro sofreram muitas alterações em relação aos esboços originais. Caio, Phillip e Celina nem sequer existiam. Caio e Phillip foram acrescentados a trama, enquanto Celina substituiu outra personagem feminina, que não havia gostado muito. Outro fator de dificuldade, foi encaixar as personalidades de forma que não parecessem artificiais, para isso eu utilizei de referência pessoas reais do meu convívio. Vamos dizer que cada um dos personagens, possui uma contraparte no mundo real.
  1. Qual a sua opinião sobre o mercado da literatura nacional? É difícil ser autor no Brasil? Dá para viver unicamente de escrever livros?
Elias: É um mercado fechado e difícil, até para quem já tem currículo. O autor brasileiro enfrenta todo tipo de dificuldade, antes mesmo de publicar o livro. Vai das dificuldades em se conseguir uma boa editora, até em lidar com a resistência do mercado à literatura brasileira, ou pelo espaço nas ilhas das livrarias.
Não dá para viver de livros no Brasil. Se o autor quiser viver do livro, ele vai ter que lutar para publicá-lo fora do país. Para ser autor, você vai precisar ter uma segunda ou terceira profissão, e em alguns casos esta profissão vai sustentar a publicação dos livros.
  1. Conte-nos um pouco sobre a sua experiência com o mundo dos RPGs. Por que escolheu esta temática para seu livro?
Elias: O RPG fez parte de praticamente todo o meu amadurecimento. Embora hoje tenha muitas opções eletrônicas, algumas realmente fantásticas, o RPG clássico (com papel e dados) me ajudou a descobrir coisas que eu não sabia sobre mim. Quando criamos um personagem de RPG, estamos idealizando nós mesmos naquela personagem, seja nossos desejos ou aspirações (isso vale para os eletrônicos também).
Quando surgiu a ideia de fazer o livro, eu precisava de um universo que comportasse todo o processo de amadurecimento que sofremos, sem abandonar o elemento fantástico (até porque viver é fantástico), o RPG encaixou como uma luva.
  1. Ao iniciar a leitura, me lembrei do filme Jumanji, já que o jogo que você criou, inicialmente remete ao jogo que é representado no filme. Você se inspirou neste filme ou em alguma outra coisa para a criação do livro?
Elias: Para falar a verdade eu não lembrei de Jumanji no primeiro esboço, mas o Luís (o leitor beta do livro), se não me engano, fez o link com o filme e me avisou. Existe alguma similaridade, mas não foi intencional, até porque existem duas características que diferenciam um do outro. Jumanji é mais linear como um jogo de tabuleiro, enquanto no livro os personagens podem ‘burlar’ as regras e não necessariamente irem direto para a aventura, como num jogo de RPG. A outra característica, é o fato dos jogadores estarem “encarnados” em suas personagens.
As principais influências do livro vieram dos anos 80 e 90, entre eles a série animada “Caverna do Dragão”, que é citada dentro do livro por um dos personagens. Já os personagens, tiveram suas personalidades e algumas peculiaridades retiradas de amigos e conhecidos. Vamos dizer que de um modo ou outro, houve alguém que inspirou o Phillip, a Magali, a Celina e etc.
  1. Você teria alguma dica para dar para nossos amigos que, assim como eu, pretendem escrever um livro?
Elias: Escreva. Leia bons livros e escreva. Escreva por prazer, e escreva sobre aquilo que gosta e lhe faz feliz. Leia e escreva todos os dias, e faça disso um hábito. Você irá notar que com o tempo, sua narrativa será mais fluida e evoluída.
É um mercado difícil? Sim. Você não tem absolutamente nenhuma garantia de que suas ideias irão funcionar, mas também não há absolutamente nenhuma evidencia de que darão errado. Portanto, só existe um jeito de descobrir… Escreva.
  1. Pra terminar, deixe um recadinho para nossos leitores. O que eles podem esperar da série Role Play?
Elias: A vida é a maior aventura que existe, tire dela todas as suas aspirações e inspirações.
Quanto a série Role Play… Bem… Vamos dizer que o Heitor ainda vai descobrir que o pior não passou. Haverá novos e inusitados personagens, e é claro, muita referência a cultura geek, nerd e principalmente otaku. Estou preparando para o segundo volume algo bem bacana envolvendo a cultura oriental. Para aqueles que não curtem muito a terra do sol nascente, não se preocupem, ainda teremos várias citações a séries, filmes e a cultura nerd/pop em geral.
Agradeço do fundo do coração, a todos que puderam prestigiar e conhecer o universo do livro “Quando Nerds Encontram Orcs”, e especialmente ao Daniel pela oportunidade de falar um pouco do livro aqui no blog. E aqueles que ainda não conhecem, eu os convido a fazer essa viajem literária junto comigo. Em fevereiro sai a segunda edição.


Não existem sonho impossível, impossível é não sonhar.
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É isso aí galera. Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre o autor. 
Ficou com vontade de conhecer o livro? Super indico.
Quer saber mais sobre ele? Acesse os links:


Book Trailer:





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10 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista! Sucesso para o Elias Ribeiro.
    Já to seguindo o blog.
    Abraços,
    http://cafeliterari-o.blogspot.com.br/

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  2. Olá Daniel,
    Tenho muito orgulho dessa parceria. Gostei demais de participar da entrevista.

    Grande abraço!

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    Respostas
    1. Fala Elias ^^
      Te agradeço muito pela oportunidade de conhecer seu livro ^^
      Pode contar comigo para o que precisar.
      Um abraço

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  3. Bem legal a entrevista!!! Gostei...
    Já estou seguindo Beijos e muito sucesso

    http://www.vamospapear.com/

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  4. Gente, é um livro perfeito para mim, sempre sonhei em ser um personagem de RPG <3
    Vou correndo atrás do livro u3u
    Adorei esse escrito u3u
    sessão proibida †

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    Respostas
    1. Oii Lunii
      Se vc curte RPG, certamente é um livro para você kkkkkk Super indico.
      Um abraço

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  5. Muito boa a entrevista, ótimas perguntas adorei as respostas *---*, o livro dele ainda não li mas a premissa parece ser muito boa.

    Abraços
    http://litaralmentelivros.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Olá Arthur
      Fico feliz que tenha gostado. Recomendo muito o livro, é uma aventura bem bacana.
      Um abraço

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